Fora-da-lei continua impune na <em>Pereira da Costa</em>

«Os trabalhadores interrogam-se como é possível que o eng. Luís Moreira se porte como um fora-da-lei, não respeitando as decisões judiciais, e as instituições com legitimidade democrática, do Governo ao Presidente da República, assistam impavidamente às permanentes arbitrariedades» - protesta o Sindicato da Construção do Sul, em comunicado também subscrito pelo SIESI e o Sindicato dos Rodoviários, estruturas da CGTP-IN com associados na Pereira da Costa Construções.
Além de não acatar as sentenças judiciais que determinaram a reintegração dos 90 trabalhadores despedidos arbitrariamente no fim de Agosto passado, o patrão da construtora também não paga os salários, em dívida desde Outubro.
Na nota que os sindicatos enviaram à comunicação social e aos órgãos do poder, denuncia-se ainda o facto de Luís Moreira, presidente do conselho de administração da Pereira da Costa, ter enviado na última semana mais uma carta, aos trabalhadores que o tribunal mandou reintegrar, ameaçando com novos processos disciplinares com intenção de despedimento, «recorrendo às mesmas acusações e vícios» que determinaram a suspensão dos despedimentos e a reintegração. «Tem ainda o descaramento de comunicar, de forma hipócrita, que se encontram suspensos preventivamente, com direito à retribuição, quando se recusa a pagar os salários e subsídios em dívida», acrescenta-se no comunicado.
Encontrando-se numa fase decisiva o processo de insolvência da Pereira da Costa Construções, accionado pela administração da empresa, os sindicatos tecem uma forte crítica à posição que os representantes do Estado – principal credor da empresa de Luís Moreira e da falida MB Pereira da Costa, que foi por aquela adquirida em leilão, em Julho de 2005 – têm assumido. O facto mais grave é estar ainda por realizar a escritura de aquisição do imóvel na Venda Nova, Amadora, quando o contrato-promessa previa que fosse feita nos 90 dias posteriores (prazo este vencido há mais de um ano).
Os trabalhadores decidiram suspender os contratos e requerer o subsídio de desemprego, nos termos legais que se aplicam às situações de salários em atraso.


Mais artigos de: Trabalhadores

Mais despedimentos na <em>Yazaki</em>

Os trabalhadores da Yazaki Saltano, em Ovar, decidiram avançar para a denúncia pública, o protesto e a luta contra o despedimento colectivo e em defesa dos postos de trabalho – os 533 agora sob fogo e os restantes, constantemente ameaçados.

Greve na <em>Petrogal</em>

Para exigir uma justa distribuição dos lucros, uma actualização salarial de 5 por cento, com aumento mínimo de 80 euros; um 15.º mês de salário igual para todos e por restantes actualizações pecuniárias, inerentes a direitos consagrados, os trabalhadores da Petrogal estarão em greve, nas próximas segunda e terça-feira.Em...

Greve a 80 por cento na <em>Portucel</em> Viana

Os trabalhadores da Portucel Viana aderiram em massa à greve de quinta e sexta-feira da semana passada, lutando contra a redução do complemento de reforma e o fim da actualização anual deste. O Sindicato das Indústrias de Celulose, Papel, Gráfica e Imprensa informou que a adesão foi de 80 por cento, provocando, no dia 4,...

<em>Metropolitano</em> resiste lutando

Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa (ML) cumprem hoje mais um dia de greve, entre as 6.30 e as 12 horas da manhã, depois de terem efectuado, anteontem, a sua primeira greve deste ano, com o propósito de impedir que o Acordo de Empresa (AE) caduque, no final de 2007.Por isso, os sindicatos anunciaram a continuação...

CGTP-IN anuncia acção para 2 de Março

Neste «ano de combate à precariedade e ao desemprego», a CGTP-IN marcou para 2 de Março, uma acção contra o aumento do custo de vida, por salários justos e pelo direito à contratação colectiva.